A oitava edição do Relatório sobre Ameaças Cibernéticas, apresentado anualmente pela empresa Yarix Sicurezza Informatica, sediada em Treviso, na região norte do Vêneto, destaca que a Itália ocupa agora o quarto lugar mundial em ataques cibernéticos de sequestro de dados, conhecidos como ransomware.
A análise, publicada no site do veículo de mídia especializado Zeroventiquattro, especifica que o setor manufatureiro continua sendo o mais afetado no país por essas ações, respondendo por 12,5% dos ataques cibernéticos, em grande parte devido a “ambientes de produção com dispositivos obsoletos e infraestrutura offshore”.
Em segundo lugar está o setor de Tecnologia da Informação (TI), com 11,8% do total, devido ao “elevado número de serviços expostos, sujeitos a diferentes tipos de vulnerabilidades, e à natureza sensível dos dados processados”.
O Centro de Operações de Segurança Yarix, que monitora ataques cibernéticos em tempo real, detectou mais de 485.000 eventos de segurança no ano ado, um aumento de 56,0% em relação a 2023.
Um terço desses eventos, aproximadamente 141.000, afetou dados ou sistemas, representando um aumento de 70 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Isso se deveu a vulnerabilidades em componentes-chave da infraestrutura de segurança, com 146 detectadas pela equipe de resposta a incidentes Yarix, um aumento de 75,9% em relação ao ano anterior.
Observou-se um aumento acentuado no uso de Inteligência Artificial Generativa (GAI) para desenvolver instruções automatizadas destinadas a executar ações maliciosas em sistemas de computador, o que acelerou a criação de malware e permitiu que até mesmo agentes menos experientes lançassem ataques mais sofisticados.
Os invasores também estão cada vez mais habilidosos em apagar rastros em sistemas comprometidos, apontam os especialistas da Yarix, alertando que, como resultado, reconstruir suas atividades e identificar o ponto de entrada está se tornando cada vez mais difícil.
Na Itália, o ransomware afetou principalmente empresas do setor manufatureiro, representando 32,5% do total, além de empresas de consultoria, com 9,0 pontos percentuais, e entidades de TI e transporte, com porcentagens respectivas de 7,5 pontos, acrescenta a fonte.
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