O Ministério da Mulher divulgou um relatório documentando a situação das mulheres nos territórios ocupados, que descreveu como catastrófica e sem precedentes.
Ao apresentar o texto, a Ministra Mona al-Khalili denunciou “a magnitude do sofrimento de saúde enfrentado pelas mulheres palestinas sob ocupação”.
O documento é um apelo aberto à comunidade internacional para que assuma suas responsabilidades legais e humanitárias, afirmou. A-Khalili observou que atacar a saúde física e psicológica das mulheres é outro aspecto do crime de genocídio cometido pelo país vizinho.
Por isso, ela instou o mundo a pôr fim a essas violações e a responsabilizar os perpetradores.
O relatório detalha que as mulheres na Faixa de Gaza enfrentam condições terríveis em meio ao quase colapso do sistema de saúde, como resultado de ataques sistemáticos a hospitais, grave escassez de medicamentos e imensa pressão sobre os médicos.
Também destaca o crescente sofrimento de mulheres grávidas, sobreviventes de amputações, pessoas com deficiência e pacientes com câncer e doenças crônicas.
Também aborda as severas restrições impostas ao o das mulheres na Cisjordânia aos serviços de saúde devido à proliferação de postos de controle militares, incursões em cidades e campos de refugiados e deslocamento forçado.
O Escritório Central de Estatísticas da Palestina informou em março que mais de 12.000 mulheres morreram em Gaza como resultado da guerra contra o enclave costeiro, que começou em outubro de 2023, até o momento.
Mais de 13.900 delas perderam seus maridos durante o conflito, tornando-se as únicas provedoras de suas famílias, observou o relatório.
Agora, “elas carregam o pesado fardo de ganhar a vida e cuidar de seus filhos, em meio a condições econômicas opressivas, exacerbadas pelo cerco e pela destruição”, lamentou.
O Bureau enfatizou que, além das dificuldades de manter a estabilidade familiar, elas enfrentam o duplo desafio de sustentar seus entes queridos que perderam seus meios de subsistência e criar seus filhos em meio às ruínas e à escassez de recursos, agravadas pelo cerco.
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