Segunda-feira, Junho 09, 2025
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Pioram previsões sobre aquecimento global

Genebra, 28 mai (Prensa Latina) A temperatura da Terra pode atingir níveis sem precedentes nos próximos cinco anos, aumentando os riscos climáticos e suas consequências para sociedades e economias, indicou hoje um estudo global.

Há 80% de chance de que nos próximos cinco anos ultrae 2024 como o ano mais quente já registrado, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

As ameaças ao desenvolvimento sustentável estão aumentando, afirmou a organização, cujos cálculos elevaram para 86% a possibilidade de que, em, pelo menos, um dos cinco anos, a temperatura média do período 1850-1900 seja excedida em mais de 1,5 grau Celsius (°C).

“A cada fração adicional de grau de aquecimento, as ondas de calor se tornam mais danosas, a precipitação se torna mais extrema, as secas se tornam mais intensas, o derretimento das camadas de gelo, do gelo marinho e das geleiras se acelera, e o aquecimento dos oceanos e a elevação do nível do mar aumentam”, avaliou a OMM. O aquecimento do Ártico nas próximas cinco temporadas prolongadas de inverno (novembro a março) deverá exceder a média global em mais de 3,5 vezes, atingindo 2,4°C acima da temperatura média do período de referência mais recente de 30 anos (1991-2020).

“Os últimos dez anos foram os dez anos mais quentes já registrados. Infelizmente, este relatório da OMM não prevê melhorias nas condições nos próximos anos, e isso tem consequências cada vez mais negativas para nossas economias, nossa vida cotidiana, nossos ecossistemas e nosso planeta”, disse o Secretário-Geral Adjunto da OMM, Ko Barrett. Os limites de aquecimento de 1,5°C (e 2,0°C) estabelecidos no Acordo de Paris referem-se ao aquecimento de longo prazo calculado a partir das temperaturas globais normalmente coletadas ao longo de 20 anos.

Portanto, “as projeções indicam que esses limites serão temporariamente excedidos com frequência cada vez maior à medida que o aumento da temperatura global subjacente se aproxima desses níveis”, alerta a pesquisa.

Pelo Acordo de Paris, os países se comprometeram a manter o aumento de longo prazo da temperatura média da superfície global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais e a envidar esforços para limitar esse aumento a 1,5°C, lembrou a OMM.

Ele enfatizou que a comunidade científica tem alertado repetidamente que exceder o limite de 1,5°C pode agravar significativamente eventos climáticos extremos e as consequências das mudanças climáticas, e que cada fração de grau de aquecimento conta.

ro/mjm/bj

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