Falando na 13ª Reunião Internacional de Altos Representantes para Assuntos de Segurança, que está sendo realizada em Moscou de 27 a 29 de maio, o ministro das Relações Exteriores do gigante eurasiano lembrou que as exigências de seu governo estão de acordo com os princípios de independência da Ucrânia de 1991.
“Quanto à adesão à OTAN, lembro que o status neutro, não nuclear e não-bloco da Ucrânia foi solenemente proclamado na declaração de independência da Ucrânia em 1991.
Foram exatamente esses compromissos que possibilitaram que a Rússia e o restante da comunidade internacional reconhecessem a Ucrânia como um Estado independente”, disse o chefe da diplomacia eslava.
A esse respeito, Lavrov insistiu em que o retorno a essas promessas é uma das principais exigências da Rússia que deve ser atendida em qualquer processo de negociação.
A esse respeito, acrescentou que esse ponto também foi previsto nas negociações de abril de 2022 na cidade turca de Istambul.
Sobre essa questão, o ministro das Relações Exteriores explicou que uma nova rodada de negociações entre Moscou e Kiev será anunciada em breve, a fim de continuar analisando maneiras de chegar a uma solução para o conflito.
“Durante as negociações de 16 de maio em Istambul, insistimos na abolição de todas as leis discriminatórias e continuaremos a fazê-lo na próxima rodada de negociações diretas que anunciaremos muito em breve”, enfatizou.
Lavrov acrescentou que seu governo estava há muito tempo preparado para negociar com Kiev, mas o país vizinho se recusou repetidamente e assumiu a pressão imposta pelos líderes europeus.
Em 16 de maio, as delegações russa e ucraniana retomaram o diálogo direto em Istambul pela primeira vez em mais de três anos.
Na reunião, as partes concordaram com uma troca maciça de prisioneiros sob a fórmula “mil por mil”, que foi concluída em três rodadas sucessivas entre os dias 23 e 25 deste mês.
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