Moscou é profundamente grata aos seus amigos turcos por sua hospitalidade e pela criação de condições adequadas necessárias para o trabalho como anfitriões da plataforma de negociação, no entanto, não haverá mediação da Turquia ou de qualquer outro país, disse o diplomata.
Zakharova lembrou que o Ministério das Relações Exteriores da Rússia está ciente das declarações do Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que supostamente pediu uma abordagem mais flexível por parte da Rússia nas próximas negociações, caso contrário, ela poderia se encontrar em uma posição desvantajosa.
O diplomata também observou que Moscou registrou declarações do enviado especial dos EUA para a Ucrânia, Keith Kellogg, sobre a possibilidade de representantes oficiais dos EUA, Reino Unido, Alemanha e França irem a Istambul em 2 de junho para uma espécie de diálogo quadripartite sobre as negociações russo-ucranianas.
Zakharova disse que a Rússia respeita o princípio universal dos direitos humanos: liberdade de movimento. “Todos podem viajar para onde quiserem. No entanto, não vemos nenhuma conexão entre os movimentos dos representantes dos quatro estados e as negociações bilaterais”.
Nesse sentido, o diplomata destacou que a iniciativa do presidente russo Vladimir Putin, apoiada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, prevê o início de negociações diretas russo-ucranianas em uma base bilateral.
Confirmamos que a delegação russa, chefiada pelo conselheiro presidencial russo Vladimir Medinski, estará em Istambul em 2 de junho para a segunda rodada das negociações mencionadas acima. Ele chegará com uma minuta de memorando e outras propostas para um cessar-fogo, concluiu a porta-voz.
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