Segunda-feira, Junho 09, 2025
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Itália em alerta para erupção do vulcão Etna na Sicília

Roma, 2 jun (Prensa Latina) A região da Sicília, no sul da Itália, permanece hoje em alerta para uma nova erupção do Monte Etna, o vulcão mais ativo da Europa, com intensas explosões e fluxos de lava de sua cratera sudeste, segundo um relatório.

Um relatório divulgado esta manhã pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), publicado no site do jornal Corriere della Sera, indica que parte da cratera vulcânica desmoronou, enquanto as nuvens que dela emanavam atingiram cerca de cinco quilômetros de altura e se dispersaram na direção oeste-sudoeste.

Diante dessa situação, o Sistema de Alerta do Observatório de Vulcões para a Aviação (VONA) declarou nível vermelho de alerta, o nível máximo em sua escala, embora o Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, na cidade vizinha de Catânia, permaneça operacional por enquanto.

Do ponto de vista sísmico, as amplitudes dos tremores são atualmente elevadas e tendem a aumentar, embora se limitem às altitudes do cume do vulcão, especificamente na área da cratera sudeste, a aproximadamente 2.900 metros acima do nível do mar e muito distantes de áreas habitadas.

O rugido do vulcão pode ser sentido em todos os municípios das encostas do Etna, segundo observadores, que apontam que a liberação maciça de fumaça e material vulcânico foi causada por um fluxo piroclástico, provavelmente produzido pelo colapso de material no flanco norte da cratera sudeste.

Os fluxos piroclásticos, um dos fenômenos vulcânicos mais perigosos, são caracterizados por correntes de alta densidade compostas por gases quentes, cinzas e fragmentos de rocha que se movem rapidamente pelas encostas, jorrando em direção ao Valle del Bove, uma das áreas mais afetadas pelas erupções do Etna. Esses fluxos podem atingir velocidades superiores a 100 quilômetros por hora e temperaturas de até 1.000 graus Celsius, tornando-os extremamente destrutivos e letais para qualquer forma de vida em seu caminho.

Este novo evento destaca a importância da conscientização pública sobre os riscos associados à atividade vulcânica, bem como o monitoramento contínuo realizado por meio de um sistema complexo que inclui a análise de sinais infrassônicos e clinométricos.

Estes são realizados com dispositivos capazes de medir variações na inclinação da superfície terrestre com extrema precisão e são muito úteis para monitorar deformações em áreas vulcânicas, representando um método rápido para identificar e estudar precursores de atividade eruptiva. A rede desses equipamentos que monitora o vulcão siciliano permanece em alerta máximo, com clinômetros eletrônicos de bolhas instalados em poços entre 10 e 30 metros de profundidade, além daquele localizado no Observatório Pizzi Deneri, a 2.830 metros acima do nível do mar, afirma a fonte.

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