Trata-se de violações de direitos humanos no centro clandestino de detenção do Corpo de Fuzileiros Navais (FUSNA) entre 1977 e 1978, informou o La Diaria.
A juíza Isaura Tórtora ordenou o indiciamento de Daners por cinco acusações de abuso de autoridade contra detentos e cinco acusações de privação de liberdade contra 10 militantes do Partido Comunista e da União dos Jovens Comunistas, detidos em 1977 e torturados na sede da FUSNA.
Os detentos foram submetidos a interrogatórios envolvendo tortura, incluindo afogamento simulado, emboscadas, agressões com bastões elétricos e espancamentos de intensidade variável.
O centro clandestino da FUSNA era chefiado pelo Tenente-Comandante Jorge Juansolo, já falecido, enquanto o contato de inteligência da unidade era o Tenente Jorge Tróccoli, condenado na Itália por violações de direitos humanos contra cidadãos italianos no contexto da Operação Condor.
Daners era o juiz de instrução da unidade e foi apontado pelas vítimas.
“Naquela época, na Fusna, quem nos interrogou sem capuz estava interrogando o magistrado Tabaré Daners. Ele nos interrogou cara a cara, a poucos metros da sala onde fomos torturados”, testemunhou o senador Eduardo Brenta no caso.
lam/ool/ls