Segunda-feira, Junho 09, 2025
NOTÍCIA

Pressões da direita, governo espanhol encurralado

Madri, 30 mai (Prensa Latina) A possibilidade de eleições antecipadas na Espanha ainda parece remota, mas o conservador Partido Popular (PP) acredita que chegou a sua hora e busca derrubar o governo.

Uma série de escândalos envolvendo suposta corrupção, centrados em um ex-ministro e ex-líder do Partido Socialista (PSOE), a esposa do primeiro-ministro, Begoña Gómez, e vários altos funcionários, dominam o cenário político espanhol.

A tudo isso se soma a fragilidade da coalizão liderada pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, em particular a pró-independência Junts por Cataluña, que está condicionando toda a atividade governamental.

A bomba-relógio mais recente a explodir envolve a ativista socialista Leire Díez, que, segundo gravações de áudio reveladas, pede a um empresário informações comprometedoras sobre um tenente-coronel da Unidade Operacional Central (UCO), que investiga casos de corrupção relacionados ao governo.

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, sugeriu a possibilidade de apresentar uma moção de censura contra Sánchez caso ele obtivesse apoio no Congresso dos Deputados. Ciente de que a iniciativa não prosperaria, convocou uma manifestação para domingo, 8 de junho.

Feijóo está em campanha pela reeleição no congresso do PP em julho do próximo ano. Consolidando sua imagem, ele acredita que, mais cedo ou mais tarde, assumirá o Palácio da Moncloa.

Por sua vez, o porta-voz do PP na Câmara dos Deputados, Miguel Tellado, descreveu Sánchez como “o chefe” de “uma máfia” cercada por capangas que tentam “intimidar seus inimigos”.

Ele afirmou categoricamente, em um café da manhã do Fórum Nova Economia, que a Espanha “não tem um governo; tem um chefe agarrado ao poder com táticas mafiosas e um bando de gângsteres”.

Ele também atacou diretamente parceiros do governo, como Yolanda Díaz, segunda vice-presidente e figura do grupo Sumar, Podemos, da Esquerda Republicana da Catalunha e do Partido Nacionalista Basco (PNV).

“Eles decidiram que a corrupção é tolerável se mantiverem o poder ou obtiverem favores daqueles que estão no poder”, disse Tellado.

npg/ft/ls

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa