Fontes oficiais confirmaram que a delegação cubana será liderada na reunião pelo Diretor Geral de Assuntos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores, Juan Antonio Quintanilla, e a anfitriã pelo Diretor Geral Adjunto para as Américas do Serviço Europeu de Ação Externa, Pelayo Castro.
A reunião dará continuidade à aproximação entre o bloco de 27 Estados-Membros e a nação antilhana, com base em um mecanismo realizado em dezembro de 2022 por seu Comitê Conjunto anterior, no qual as partes discutiram o progresso feito na implementação do acordo assinado há quase nove anos.
Espera-se que o intercâmbio de critérios permita analisar as oportunidades de cooperação no âmbito da iniciativa Global Gateway da UE, em setores que vão desde a agricultura e a luta contra as mudanças climáticas até as energias renováveis e a cultura.
Para Cuba, a UE é um importante parceiro comercial e o principal investidor estrangeiro, com uma forte presença em áreas como turismo, construção e indústria. Em uma declaração antecipada à Prensa Latina, diplomatas da ilha indicaram seu interesse em continuar fortalecendo as relações em ambos os lados do Atlântico com base no fortalecimento do Acordo Político de Diálogo e Cooperação assinado e nos princípios de reciprocidade, respeito e benefício mútuo.
Também afirmaram que Cuba reiterará sua denúncia dos efeitos do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos há mais de seis décadas e sua intensificação, um cerco que, com seu componente extraterritorial, impacta e pressiona cidadãos, empresas e bancos da UE.
No mês ado, a Vice-Presidente da Comissão Europeia, Kaja Kallas, Alta Representante da UE para Assuntos Externos e Política de Segurança, defendeu o Acordo de Diálogo Político e Cooperação UE-Cuba como uma ferramenta para impulsionar os laços em áreas como transição ecológica e modernização econômica e para tratar das diferenças.
Setores da extrema-direita e da direita europeia buscam inviabilizar o acordo com acusações de direitos humanos, uma postura rejeitada no velho continente pelos defensores do multilateralismo, do direito à autodeterminação e da colaboração diante dos desafios atuais da humanidade.
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